sexta-feira, abril 04, 2014

Animação I

Bruno Mendes da Silva tem uma frase deveras interessante sobre o que é Animação: “o que vemos, enquanto espectadores numa animação, não são as imagens que a compõe, são as diferenças entre elas. É a percepção das diferenças entre as imagens que nos transmite a ilusão do movimento.” A busca do Homem pela captura do movimento é ancestral e aparece-nos em pinturas rupestres com dezenas de milhar de anos em que animais são desenhados com várias pernas. Isto demonstra claramente a intenção do “artista” de fixar o momento em que o animal corre.
Estudos sobre a persistência da visão, a construção de vários “brinquedos ópticos” (a Lanterna Mágica, o Taumatrópio, o Zootrópio, o Flip Book...) e a invenção da Fotografia (1830's) abriram o caminho para a Animação e para o Cinema. A Animação, através do Teatro Óptico de Émile Reynaud, precede historicamente o advento do Cinema (data oficial:1895) e do Cinematógrafo dos irmãos Lumière, apesar de autores, como o Peter Kubelka, considerarem que o pai do cinema é o crono-fotógrafo Étienne-Jules Marey. Outra referência de peso e que merece um lugar especial na história do Cinema é o inventor Thomas Edison. Este teria precedido os irmão Lumiére se o seu projeto tivesse resultado em filmes projetados e não nas suas Peep Shows Machines.
Podemos afirmar que a Animação é uma arte que conta com mais de 110 anos de criação e produção e tem vindo a tornar-se um médium privilegiado na contemporaneidade. Já não é só um produto para crianças (nunca foi) e todos os anos rende milhões à indústria cinematográfica que invade as salas de cinema com filmes bons, maus e mais ou menos, há de tudo.
A Animação e aquilo a que comummente se chama Motion Graphics tem vindo a crescer e a invadir todas as plataformas nesta era de convergência tecnológica. Não são só as salas de cinema que estão a ser invadidas, a Animação aparece em videojogos, sites e aplicações para dispositivos móveis. Está por toda a parte... Urra!

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